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PAULO FREIRE PELAS LENTES DA EDUCAÇÃO CRITICA EXPERIMENTAL


PAULO FREIRE: do uno ao multiplo


A cartografia do educador, filosofo e advogado, Paulo Freire no ano do seu centenário, em 19 de setembro de 2021 é infindável, com enorme repercussão internacional. Uma micro analise superficial no cenário político, econômico pandêmico nos conduz ao questionamento, quando sairemos da teoria para o efetivo exercício da prática das experiências democráticas e solidárias, a partir dos referenciais teóricos e práticas pedagógicas (Metodo Paulo Freire), sem doutrinamentos?

A musealização e patrimonialização do sujeito histórico de Paulo Freire sem romantismos, mas considerando a atual catastrofe ao qual o Brasil se tornou nos últimos tempos, nos coloca numa situação impar, em nossa história como museologxs e educadores: necessitamos urgentemente para não agonizarmos praticar em nosso cotidianos as reflexões deixadas por PauloFreire. Como? Não sabemos. Mas, talvez o exercício de pesquisar e construir juntos com os estudantes do nivel superior e educação básica essa expostição “Paulo Freire e Museologia no Brasil pandemico” seja o inicio desse longo caminho. O exercício sincero da autoreflexão e mudança de paradigmas pré-estabelecidos não é confortável, porém necessário se desejemos contar para as próximas gerações, no bicentenario do Paulo Freire, em 2121, o que fizemos com o que aprendemos com as cartografias freirianas.


A trajetória do educador é marcada por movimentos constantes de reinvenções e adaptações ao seu tempo, após intensas frustações. A primeira escolha não convencional nos é narrada na Introdução do Dicionário Paulo Freire[1], escrita por Danilo Streck, quando na primeira causa como advogado de defesa, desiste da profissão ao se sentir impotente ao defender o jovem dentista na condição de trabalhador endividado por montar seu próprio consultório dentário. O contexto de injustiça social o encaminha para ser educador no Sistema Sesi de ensino, em Receife, Pernambuco, com o programa de alfabetização elaborado por ele. O programa, conhecido como metodo Paulo Freire foi aplicado em todo o nordeste brasileiro, e no momento de ser ampliado para outras regiões brasileiras, o golpe militar de 1º de abril de 1964, interrompe o primeiro programa efetivo de alfabetizção em massa no Brasil. Essa experiência é decorrente da experiência de alfabetizar 400 jovens e adultos em 1963, na cidade de Angicos, no Rio Grande do Norte, a inovação do metodo usado consistia na imersão em 40horas do processo de alfabetização a partir de palavras usadas no cotidiano pelos alunos. [ O programa foi destruido e adaptado para o conhecido plano Mobral]

O processo de reinventar-se fora do Brasil e em exilio, após ser preso no Brasil, Paulo Freire e sua família recebem acolhida em governos democráticos de direito: Bolívia, Chile, EUA e Suíça, isto é em 15 anos de exilado realiza o exercício de contruibuir nos paises que percorreu nos programas de educação de jovens e adultos como no Chile. E nos anos de 1970, em Genebra a convite do Conselho Mundial das Igrejas realiza o ciclo de viagens aos paises africanos.

Em 1980/1981 retorna ao Brasil reiventando-se mais uma vez, escreve Pedagogia da Esperança, enfrentando os desafios epistemologicos na prática. Torna-se nesse período professor da Universidade Católica de São Paulo e Unicamp. E em 1988 é convidado para exercer o cargo de secretário municipal de Educação no governo da prefeita Luiza Erundina, esse período na trajetória do educador é marcado pelo movimento de auto revisionismo do seu pensamento nas propostas de educação popular nas escolas públicas. Escreve, seu outro livro Escola Cidadã.

 Faleceu em 2 de maio de 1997.


Fonte Pesquisada:

JORNAL DA TARDE: http://acervo.paulofreire.org:8080/xmlui/handle/7891/2478

 PASQUIM: http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=124745&pagfis=16481


 PAULO FREIRE PELAS LENTES ... Ensino de História, Ensino de Sociologia e Ensino de Filosofia :)

ENSINO DE FILOSOFIA

Paulo Freire nos alerta sobre a importância das classes populares, nós os trabalhadores urbanos e rurais aprendermos a origem das coisas, os vários significados de uma palavra, isto é a FILO+ SOPHIA

Segue o link do verbete sobre FILOSOFIA de Paulo Freire: "Eu não me conformava e continuo não me conformando com a profunda injustiça que as proibições das classes poderosas impõem as grandes classes populares de não aprender a ler filosofia. Eu acho que isso é uma imoralidade." ( P.F,1995)


Sugestão de atividades:


- JORNAL DA TARDE

http://acervo.paulofreire.org:8080/xmlui/handle/7891/2478


 

 


[1] Ver outras referências bibliográficas sobre a biografia de Paulo Freire. Ana Maria Araújo Freire, em Paulo Freire uma história de vida (2006). E outra fonte foi organizada por Moacir Gadotti, Paulo Freire uma bibliografia, em 1996.

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